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A saudade

Saudade

 “Tão mais longe se torna o cais. Lindo é voltar”. Ivan Lins

“Saudade” é uma palavra de origem portuguesa que não possui uma tradução exata em muitas línguas, incluindo o inglês. Ela descreve um sentimento profundo de falta, melancolia ou nostalgia em relação a algo ou alguém que está ausente, seja por distância física, temporal ou emocional. A saudade é uma experiência universal, mas a intensidade e a forma como as pessoas a vivenciam podem variar.

A saudade pode ser experimentada em diferentes contextos, como:

  1. Relações pessoais: Sentir a ausência de entes queridos que estão distantes geograficamente ou que já faleceram. Também pode ocorrer após o fim de relacionamentos.
  2. Lugares: pensar em locais que têm um significado emocional, como o lugar onde cresceu, a cidade natal ou um país que deixou para trás.
  3. Momentos passados: A saudade pode ser associada a períodos específicos da vida, como a infância, a juventude ou outros momentos marcantes.
  4. Experiências: Sentir saudade de experiências vividas, como viagens, eventos especiais ou situações que foram significativas.
  5. Objetos: Às vezes, objetos ou coisas materiais podem evocar a saudade, representando momentos ou pessoas do passado.

É importante notar que a melancolia nem sempre é uma emoção negativa. Muitas vezes, ela pode ser acompanhada por lembranças afetuosas e carinhosas. No entanto, em alguns casos, a saudade pode levar a sentimentos de tristeza e nostalgia mais intensos.

A cultura brasileira, em particular, tem uma relação profunda com a saudade, e a palavra é frequentemente mencionada em músicas, poesias e expressões cotidianas. A saudade é considerada uma parte intrínseca da experiência humana, refletindo a complexidade das relações, das mudanças e da passagem do tempo.

  

Para que algo ruim aconteça é necessário que coisas muito boas tenham ocorrido antes. E o ruim é inevitável. Só há uma forma de nunca haver um fim: não havendo um início. E quando o fim ocorre, vem a falta.

 

Em geral a falta de um amor perdido é oriunda da falta de diversão que o amor nos traz. Sim, amar é muito divertido. Quando se está apaixonado, pois em nada mais se pensa. Como ensinou o poetinha Vinicius de Moraes: “ser feliz é viver louco de paixão”.

 

Ao terminar um amor sofre-se pela perda daquele divertimento, sofre-se por nós mesmos. Sabemos que outro amor virá, mas, até que ele chegue somos tomados pelo princípio da realidade, e nada pior do que a realidade para nos deixar tristes.

 

Para um marinheiro, o cais é uma saudade de pedra; e a saudade é a memória do coração. O marinheiro e a lembrança fazem uma simbiose absoluta. Não há um sem o outro.

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