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Ajuda ao próximo.

Ajuda ao próximo.

” Por que me odeias, se nunca te ajudei?”

Rui Barbosa

 

Jamais ajude alguém. A pessoa que ajuda hoje, será odiada amanhã. Se alguém te ama até a morte, como fazer para ser odiado? Ajude – a. Quando a ajuda acabar ela te odiará eternamente. Logo, a ajuda também é uma fonte de ódio.

 

Sempre que uma pessoa chegar a ti chorando, implorando por ajuda, é porque ela quer te fazer de imbecil. Isto, obviamente, não descarta o apoio mútuo que a convivência requer. Assim, apoie quem necessita, sempre lembrando que este apoio deve ter um começo, meio e fim. Não seja um idiota.

 

Um bom teste para quem te pedir ajuda é deixá-lo passar fome por uma semana. Logo verás que a ajuda não é necessária.

 

Ajuda-te a ti mesmo: assim todos te ajudarão. Princípio do amor ao próximo de Friedrich Nietzsche.

 

A fantasia de que ajudar os outros “ajuda” possui um grande aliado: o amor, que também não deixa de ser uma fantasia. Quanto mais amamos uma pessoa, mais fácil esta irá nos chantagear para obter o que quiser.

 

Rei Lear, clássico de Shakespeare, conta a história de um rei apaixonado pelas filhas. O seu amor era tanto que doou a elas tudo que tinha. Quando nada mais tinha a doar, tornou-se mendigo e louco. Morreu ao ver enforcada a única filha que realmente o amava. A única que dele nada exigiu.

 

Bom, neste tópico cabe aqui uma explicação: há que se diferenciar pessoas más de pessoas estúpidas e monstruosas. Um homem que estupra uma criança não é mau, é um monstro que merece a morte. A maldade é sutil, requer inteligência e perspicácia. A pessoa má age como uma prestidigitadora, enganando e desviando a atenção de outrem com ardis.

 

Existem muito poucas pessoas más no mundo, por falta de inteligência para sê-la. E existem uma infinidade de bestas que só fazem o mal. Aliás, o ser humano nasce mal. As crianças são más, embora ingênuas da maldade que fazem. Com o tempo, os freios morais e culturais vão moldando os humanos…

 

Nesse diapasão, o problema da ajuda é que você pode viciar uma pessoa doentia, e pessoas doentias vêm de todos os tipos de lugares, muitas vezes de onde não se esperaria. Nós as encontramos em escolas, igrejas e lugares de culto (as religiões são ótimos lugares para os psicopatas se esconderem!), nas casas de amigos e nas famílias. Em todos os lugares, principalmente nas famílias.

 

Existe apenas uma solução para as pessoas doidas em nossas vidas: dar um foda-se para elas. Os caminhos malévolos das pessoas malévolas muitas vezes as deixam tão torcidas e viradas pelo interior que se sentem bem quando veem você “se fuder”. Parecem deliciar-se com o infortúnio, saborear os maus sentimentos de outras pessoas.

 

As pessoas malévolas têm algo em comum: são controladoras. Não as deixem controlar você. A primeira forma de controle é fazer-se de “coitadinha” e requerer ajuda. As pessoas escrotas estão sempre precisando de ajuda, principalmente os parentes. E, pior, ajuda vicia. Vicia não só o ajudador quanto o ajudado.

 

Em todas as línguas derivadas do latim, a palavra compaixão forma-se com o prefixo ”com” e a raiz ”passio” que, na sua origem, significa sofrimento. A palavra sugere que ninguém pode ficar indiferente ao sofrimento de outrem, ou, de outra maneira: sente-se sempre simpatia por quem sofre.

 

Outra palavra que tem mais ou menos o mesmo sentido, é “piedade” (em inglês pity, em italiano pietà etc.). Essa palavra chega a sugerir uma espécie de indulgência para com o ser que sofre. Ter piedade de uma pessoa é sermos mais favorecidos do que ela, é inclinarmo-nos, baixarmo-nos até ela.

 

Logo, o sentimento de piedade e/ou compaixão nos faz bem, por nos sentirmos superiores, e por nos fazer bem nos leva a ajudar outras pessoas. E o psicopata sabe disso, sabe que a compaixão e a piedade podem ser exploradas, e assim, você se deixa usar.

 

No clássico de Millan Kundera, “A Insustentável Leveza do Ser”, o personagem Tomás diz que muitas vezes encontramos uma criança no rio em uma cesta. Não se quer cuidar da criança, quer-se apenas dormir. Mas, para se dormir é necessário cuidar da criança. Pois bem, os psicopatas conhecem perfeitamente essa metáfora e a utilizam contra nós.

 

As pessoas malévolas são muitas vezes tão cruéis para o mundo e para as pessoas ao seu redor que se tornam atraentes. Por causa dessa obsessão, elas podem se mostrarem educadas, concisas e pontuais. Mas quando você deixa que elas se aproximem, começam a controlar a sua vida, fazendo você admirá-las e ao mesmo tempo de apiedar.

 

Desafiar os desejos de uma pessoa doente nem sempre é fácil. O objetivo da pessoa má é controlar a maneira como você se sente por dentro, e por fora. Elas não possuem sentimentos, possuem objetivos.

 

Sempre se utilizam da mentira.

 

Vamos ser reais. Todos mentem. Todos nós fazemos isso. Algumas são pequenas mentiras, outras são mentiras grandes e grandes. Mas enquanto todos mentem, nem todos são mentirosos.

 

Um mentiroso é uma raça verdadeiramente especial. Eles mentem patologicamente, constantemente e, às vezes, sem sequer perceber. Um mentiroso maligno geralmente mentirá tanto que suas mentiras são o que formam sua realidade. Ao viver uma vida de mentiras, suas próprias mentes tornam-se prisioneiras para seus próprios comportamentos do mal.

 

Algumas pessoas doentias só mentem um pouco, talvez esticando a verdade para se parecerem mais fortes, mais inteligentes ou melhores. Outras mentem sobre você e outras pessoas. Mas uma coisa é certa, elas são mentirosas. As mentiras servem como uma ferramenta para manipular uma realidade que não as serve da maneira como elas gostariam.

 

Tem sido bem demonstrado que cada um de nossos órgãos emite um campo de energia. Por que isso acontece? Não sei, não estou totalmente seguro. Poderia servir como um sistema de defesa intuitivo. Talvez…

 

Pode ser por isso que as pessoas doentias lhe dão um sentimento assustador sem que elas realmente tenham feito nada de mal a você. Muitas vezes, o sinal mais seguro de que alguém é mau é que você simplesmente não se sente bem à sua volta. Você tem sentimentos assustadores e não consegue entender. Pode parecer louco para as pessoas lerem um ateu falar sobre isso, mas este incrédulo está referindo-se à mente humana, logo, impossível negar a maneira como as pessoas doentias fazem você se sentir.

 

Confie no seu instinto e não se preocupe com sensibilidades alheias. Melhor prevenir do que remediar, adágio comum e sempre válido.

 

Vale outrossim lembrar que pessoas boas e não doentias também se viciam na ajuda. Muitas vezes uma pessoa até gosta de você e é ajudada por ti. Ao cessar a ajuda o ajudado passa a odiar a pessoa que o amparou. Logo, a ajuda também é uma fonte de ódio.

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